Dia da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina
Hoje é dia 6 de Fevereiro, Dia Internacional da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina!
Atualmente estima-se que existam no mundo mais de 200 milhões de meninas e mulheres que sofreram mutilação genital.
Em Portugal (segundo o Observatório Nacional de Violência e Género, 2015), foi estimado residirem mais de 6500 mulheres com mais de 15 anos vítimas de mutilação genital, e cerca de 1830 meninas com menos de 15 anos, que teriam sido mutiladas ou estariam em risco de ser.
O maior número são mulheres de famílias oriundas da Guiné-Bissau, país onde duas em cada cinco mulheres foram sujeitas a mutilação.
Em algumas culturas, o corte genital das mulheres é considerado um ritual de passagem à vida adulta, um pré-requisito para o casamento. É uma prática realizada há séculos, perpetuada pela forte ligação à tradição.
No entanto, esta acarreta múltiplos riscos à saúde e bem-estar das meninas e mulheres mutiladas. Os riscos incluem consequências imediatas após o corte, como infecções, sangramento ou trauma psicológico, além de condições crónicas de saúde que podem ocorrer ao longo da vida. As mulheres mutiladas têm maior probabilidade de ter dor ou problemas, ao urinar, mensturar ou aquando da prática de relações sexuais, maior risco de enfrentar complicações durante o parto, distúrbios de saúde mental ou sofrer infecções crónicas.
Segundo o secretário geral da ONU “a mutilação é uma manifestação flagrante da desigualdade de género que está profundamente enraizada nas estruturas sociais, económicas e políticas.”
Apesar de a prevalência ter diminuído cerca de 25% entre 2000 e 2018, ainda existe um caminho para que esta prática seja profundamente abolida.
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